Pesquisa descobre fungos que geram "formigas-zumbis" em MG
De autoria dos cientistas Harry Evans e David Hughes, o estudo "diversidade oculta em fungos de formigas-zumbis" analisa quatro novas espécies encontradas na Mata Atlântica de Minas Gerais, no Sudeste do país. A pesquisa ajuda a explicar a perda de biodiversidade entre insetos de determinadas espécies, já que cada fungo observado atua em um tipo de formiga.
A ação do fungo é capaz de travar as mandíbulas de formigas
carpinteiras, local em que ele encontra condição ideal para começar a se
reproduzir, infectando outros hospedeiros. Uma vez instalado, o fungo
cresce no organismo e espalha substâncias que têm efeitos colaterais.
A formiga infectada pode ter o comportamento alterado e não conseguir
realizar suas atividades normais. Em questão de uma semana, de acordo
com a pesquisa, a formiga pode ter seus sentidos totalmente afetados
pelo fungo e começar a "vaguear" por perto da colônia. Quando morrem,
ajudam a criar o ambiente ideal para a proliferação do fungo.
Segundo os pesquisadores, existem relatos sobre os fungos de
"formigas-zumbis" descritos já em meados do século 19 pelo naturalista
Alfred Russel Wallace, contemporâneo de Charles Darwin, que encontrou
duas espécies do fungo na Indonésia. Agora, autores do estudo querem
saber como a ação dos fungos sobre as formigas influencia o
funcionamento do ecossistema.
A imagem mostra a ação do fungo.
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